2 comentários sábado, 30 de outubro de 2010


As baquetas e sua história

Parente distante das varetas, ferramentas feitas de osso ou madeira, usadas na pré-história como utensílios domésticos ou armas, as baquetas começaram a ser empregadas na percussão em aldeias primitivas. Mas, nessa época, ainda tinham uma função diferente do que têm hoje – golpeadas sobre tam-tans feitos de troncos secos de árvores, seguiam determinados códigos e assim serviam para transmitir mensagens de uma aldeia para outra. Foram, assim, as precursoras do código Morse.

Alguns estudos indicam que, na África, a Nação Ketu começou a usar as baquetas para marcar os ritmos de seus rituais religiosos, golpeando a pele dos seus tambores de tronco. Já a Nação Bantu usava as mãos para percutir as peles e as baquetas para tocar no corpo dos tambores. Na Europa, as baquetas também tinham função utilitarista. Elas serviam para tocar as caixas de guerra das bandas marciais. Nessa escola, desenvolveram-se algumas técnicas de manipulação difundidas até hoje. O continente Americano herdou a baqueta tanto dos seus antepassados africanos, que nele chegaram como escravos no início da colonização, quanto dos colonizadores europeus. Mas, enquanto na América no Norte o uso dos instrumentos por africanos foi proibido (pois se temia que os escravos se comunicassem à distância através de seus códigos, e assim organizassem rebeliões e fugas), na América do Sul não houve essa repressão e a musicalidade africana pode se desenvolver amplamente.

Com a criação da bateria no início do século XX, as baquetas passaram a ser alvo de constante aprimoramento. Surgiram novas maneiras de tocar e uma maior diversificação de modelos. Há cerca de 25 anos, uma técnica muito difundida requeria maior movimentação dos braços e dos punhos. As baquetas, então, precisavam ser mais compridas. Já nos dias atuais, o seu tamanho diminuiu, devido à maior utilização dos dedos e do “approach”, garantindo mais velocidade e precisão dos toques.

Quanto às madeiras, inúmeras pesquisas foram realizadas para determinara quais seriam as mais apropriadas. Nesses estudos, os principais aspectos enfocados foram peso, densidade, sentido e uniformidade das fibras e, acima de tudo, a pureza específica de grandes lotes de madeira, para se obter a máxima uniformidade em cada par. As espécies que melhor preencheram esses requisitos foram o Pau Marfim brasileiro e o Hickory norte-americano. Mas não é só a qualidade da matéria-prima que conta. O maquinário e as ferramentas para a fabricação das baquetas devem ser constantemente modernizados, com o objetivo de garantir a uniformidade e a perfeição de cada par, embora a confecção artesanal também possa atingir um alto nível de qualidade. É o caso das baquetas de xilofone ou vibrafone, que têm sua ponta enrolada e costurada à mão com lã ou linha e o miolo em madeira ou borracha de diversas densidades, para proporcionar timbres mais macios ou mais secos. É isso ai. Preste atenção na hora de comprar seus próximos pares de baquetas para garantir que seu instrumento de trabalho esteja à altura do seu desenvolvimento.

Antes da década de 1950, não existiam empresas especializadas em fabricar baquetas. Os próprios fabricantes de baterias e outros instrumentos de percussão confeccionavam e comercializavam as baquetas. Também havia bem menos modelos do que atualmente e seus nomes eram dados de acordo com a aplicação.

Porém, desde aquela época, as três designações mais comuns são as baquetas “A”, “B” e “S”.

Letra “B”: era referente à “Band” (banda) e serviam para as baquetas direcionadas para bandas de teatro, “big bands” ou para orquestras.

Letra “S”: era referente à palavra “Street” (rua), e especificava os modelos feitos para serem usados em bandas marciais e/ou fanfarras.

Letra “A”: a origem para utilização desta letra é um pouco vaga. Aparentemente ela identificava as baquetas que não se enquadravam como “B” ou “S”. O mais evidente é que eram referentes à expressão “All Purpose” (de uso geral).

Os números nas baquetas servem para dar uma impressão a respeito de seus tamanhos. Nos modelos “A” e “B”, quanto maior o número, menor é a baqueta. Exemplificando, uma baqueta 2B é maior que uma 5B, uma baqueta 7A é menor que uma 5A. Já as baquetas de bandas marciais e/ou fanfarras, são designadas com esse conceito numérico ao contrário. Exemplificando, as baquetas 1S são menores que as 2S, que são menores que as 3S.

Estas identificações podem até nos confundir, além de que dificilmente encontraremos alguma fonte de informação que saberá explicar exatamente os motivos. Alguns destes detalhes foram perdidos na história.




Fonte: Fernando P. Silveira / Thiago Rodrigues

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